我的唯一的上瘾将要是困难的

我的唯一的上瘾将要是困难的

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

ahn?! comassim?!

saudade. de um monte de coisa, e de fazer nada também, embora eu esteja mais desocupada a cada dia que passa. eu tô com saudade de coisas que nem fiz ainda, e de pessoas que, meu deus, são tão incríveis que até conseguem me deixar feliz.

vou falar pra vocês, o tempo voa. ele não para pra gente consertar nossos erros ou superar nossas mágoas. o tempo corre, e se a gente não se permitir viver o impossível, a vida passa como um flash e lá no finzinho dela, a morte vai ter uma sensação de culpa. e eu não quero que a minha seja assim, quero chegar no fim com a sensação de dever cumprido, morrer dormindo e ser enterrada com um puta sorriso no rosto, pra ironizar quem me fez mal e consolar quem me fez bem. pode ser um grande clichê, mas a maior vingança é ser feliz.

posso estar bem apenas por hoje, mas me basta. eu tô bem, pelo menos. e é tão bom sentir nostalgia quando se está feliz. saudade de ontem, cara, que foi incrível.. e amanhã, que provavelmente vai ser até melhor. eu vejo um horizonte com uma felicidade gritante daqui pra frente, todo o tipo de satisfação pra quem faz por merecer. ontem eu percebi que se simplesmente deixaramos de nos guiar por idéias pré-concebidas ou parar de tentar agradar, tardes nubladas podem ser extremamente engraçadas, com direito a água com sabor de álcool e caídas na frente do shopping atlântico. crianças podem ser mais divertidas que as pessoas glamourosas que veneramos e, meu deus, eu não faço idéia se alguém vai entender o que estou falando, mas nem faço questão de compreensão. não escrevo a sééculos, só queria mesmo perpetuar essa semana.

porque a gente fecha os olhos pras coisas mais importantes, e na hora que bate a tristeza, é bem mais fácil culpar o mundo do que olhar pra dentro de si mesmo e perceber que somos os únicos culpados da nossa infelicidade. como dizia mário quintana (acho que era ele), nosso maior problema é que os outros não tem nada a ver com isso. e ele tá certo. pros outros, foda-se se estamos bem ou não, porque temos obrigações a cumprir. isso é viver em sociedade, isso é ser humano. e como ele também diria, "há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer".

então, meus queridos leitores, lindos, minhas paixões (tá, tá, parei): não deixem de viver, porra. eu deixei de viver alguns meses da minha vida, e, cara, eu não vou ter 17 anos pra sempre. vivam! assim que terminarem de ler esse post, simplesmente falem pros seus amigos no msn o quanto eles são importantes, e depois disso, saiam de casa e se divirtam. bebam por mim, porque eu não posso. e beijem seus namorados e namoradas, e se forem apaixonados por alguém, se declarem. não esqueçam de falar pros seus pais que os amam, porque eles fazem tanta falta que às vezes até o ar falta (sacaram?). isso é viver. o resto é resto. a gente vive por momentos de felicidade, e quanto mais momentos desses a gente puder ter, tanto melhor pra gente. e pros que nos amam. e é isso que importa, whats left is dust.


so, good bye. nem revisei o texto, gente, espero que esteja à contento. agora vou dormir, porque as meninas bonitas são as que dormem mais x)
prometo mais textos as soon as possible. e obrigada aos inúmeros emails e mensagens de todo mundo. vocês são demais, cara. ou nem são, sei lá. enfim, tchau. hoje tô estranha :P

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

medo

hoje eu vi a cara do medo e ele acenou pra mim. disse que tava tudo bem, me deixou encolhida num canto, prostrada pela minha própria insegurança. o medo está vivo, ele está em todas as partes, congelando toda a beleza de viver.

eu tinha uma vida. tinha planos, vontades, valores. tinha mil coisas, algumas me faziam sorrir, outras acabavam comigo, e a maioria passava despercebida. mas eu tinha uma vida.

hoje acordei e vi a cara do medo. ele acenou pra mim da porta do quarto e me obrigou a ficar deitada. comandou todos os meus passos, assumiu o papel de tutor da minha infelicidade. me guiou até o vício, me obrigou a ficar. eu vi a cara do medo, lembro de cada detalhe do seu rosto. ele ainda está por aqui, espreitando pelos cantos, decorando meus gestos pra depois me chantagear.

eu vi a cara do medo e ele sorriu pra mim. quis me convencer de que estava certo, de que a grande realidade é tão absurda quanto meus pesadelos. o medo me coagiu, disse que era o culpado da minha insanidade e que só me deixaria feliz de novo se eu o obedecesse. eu obedeci. eu abdiquei da vida por mais um dia.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

finitude do ser humano x infinito cósmico

o que importa? na satisfação garantida de ter todos os meus caprichos realizados, me recolho à grande insignificância que tenho diante do mundo. sou massante. falo do retórico como se discorresse sobre filosofia, mostro a pior parte do meu caráter com o simples objetivo de granjear estima. o ser humano não se sente atraído pelo correto, e acredite, aprendi isso da maneira mais difícil, depois de quase morrer defendendo meus ideais puritanos de felicidade. isso não existe. a felicidade é utópica, invenção do homem, que precisa se apegar a essa idéia pra não enlouquecer. o mais difícil eu já fiz: reconheci que sou louca.

não pretendo convencer ninguém, não sou oscar wilde. minha eloquência é vulgar, cínica, quase obcena. não sou requintada, não posso reconhecer em mim qualquer traço de grandiosidade. sou tão ínfima e desprezível que até meu amigo invisível deixou de me visitar. agora falo sozinha.

detalhes à parte, sinto uma espécie de liberdade que considerava perdida, provavelmente por tantos conceitos pré-estabelecidos, tantas mentes respirando as mesmas aspirações.. agora me sinto mais fiel à mim mesma do que jamais fui. aprendi, enfim, que o egoísmo é a maior virtude do ser humano são.

a vida, então, nada mais é do que a repetição insana da necessidade de viver do ser humano. teorias e teorias sobre o caos inventado e nunca chego à conclusão nenhuma. ou melhor, sempre tenho 5 ou 6 conclusões pra cada questionamento, o que me torna até mais ignorante do que a grande massa, já que mesmo com um grande leque de possibilidades, sempre escolho o desistir. mais uma demonstração da minha inclinação pro banal.

hoje eu tô meio hedonista, mas sem valorizar a beleza palpável. talvez isso descaracterize completamente o hedonismo, mas é que tô com tanto sono que não saberia me explicar melhor. analogias, sacam? até dói essa coisa da incapacidade de falar, mas me acostumei demais com o comodismo pra lutar. coisas infrutíferas não fazem mais parte da minha rotina mental. pelo menos nada além do corriqueiro sadio, que estimula os olhos a permanecerem abertos. vivo exclusivamente pra essas horas de filosofia barata. de livro em livro, filme em filme, acho que finalmente encontrei meu eu. e isso existe, mesmo que a gente passe a vida a negar. o eu está lá no fundo, esperando uma chance pra se manifestar. o meu já tomou conta de mim, e finalmente me tornei uma escrava da minha própria subserviência. sei que isso foi extremamente estranho, mas não me importo. não quero compreensão, quero única e exclusivamente continuar escrevendo.

o sentido das coisas me escapa completamente, e eu discuto apenas pelo prazer de me sentir viva. eu não quero entender, tampouco aceitar. quero apenas a sorte de poder me largar e aceitar essa vaga idéia de verdade que nos cerca, pra poder pisar em algo concreto. só isso. cansei de escrever.


obrigada pelos comentários todos, tô meio sem tempo de responder os emails e scraps, mas sempre leio, gente. valeu meeeesmo. e vou começar a postar mais, prometo :D

p.s.: sim, o título do post é uma ironia