massante

influências musicais, sacas?
e literárias também.. e cinematográficas, não posso esquecer.
aquele velho papo da 'doutrina da cultura aplicada'.
acredito que só cheguei até aqui por causa das coisas que aprendi.
tá, o que seria da minha infância sem 'labirinto - a magia do tempo'? meeeeeu deeeeeeeus, david bowie, cara /o\ minha primeira influência cinematográfica e musical foi david bowie.
quer dizer, a minha mãe sabia muito bem oq fazia quando me fez crescer escutando cazuza e as bachianas; assistindo aqueles clássicos saturados da disney, os filmezinhos água com açúcar, tipo 'tomates verdes fritos', 'mensagem pra você' (outro clássico: tom hanks e meg ryan, maaaan!).
putz, lembro até hoje do primeiro livro que li: uma casa na floresta, laura inglaus wilder (não lembro se é assim que se escreve). era sobre a laura, um livro massa pra caramba. tipo, não tanto quanto 'o pequeno príncipe', mas sabe, acho que 'o pequeno príncipe' ensina mais que bíblia, igreja. sem fanatismo, sem coerção. bondade pela bondade, gratidão por gratidão.
'ignorance is bliss'.
agora é V FOR VENDETTA. tão ligados? não, claro que não. só vão poder se ligar terça. e até lá, sucking.
hoje eu tô tão cheia, cara. foi um dia estranho pra caramba. pra começar, parecia sábado. um 'sábado perdido', de acordo com a karin. e foi tudo tão empolgante, desde o passeio matinal atrasado na praia brava, assim como as compritchas para o trabalho de manhãã.. a azaração na papelaria haioshoahsahsiohaosa a tarde falando sobre a lingua em locais estrategicos, xilocaina e tudo o mais haioshioahiosa. e de noite, a parada do onibus! cara, eu entrei no onibus SEM GRANA! tinha deixado tudo com a minha amiga! sei lah, foi uma das coisas mais fodas que jah aconteceram cmg, merda, merda, merda, fico nervosa só de pensar no que aconteceu.
aliás, isso só deve acontecer comigo. eu nunca ando de ônibus nessa vida miserável, e quando tento me sentir mais 'independente', tudo dá errado.
CARALHO. tô me sentindo tão mal educada. mais do que o normal, sabe?

ahnn, sei lá. eu preciso dormir 8 horas num dia, pra me sentir bem, senão ataca gastrite ou enxqueca. se multiplicarmos essas 8 horas pelos dias da semana, teremos 56 horas. portanto, eu deveria ter dormido 56 horas essa semana, pra estar relativamente legal. o fato é que não devo ter dormido nem 28 horas. e agora, na madrugada de sexta pra sábado, tô morgando na internet num sono do caralho, sabe pq? pq vai passar fight club depois do jô. ACREDITAM?
eu faço tudo em prol da cultura mesmo!

então, ainda faltam 37 minutos pro filme. tô com vontade de continuar desabafando minhas cornices, mas jah cansou, neh? suck²
so, let me ask u something: vocês já viram algum albino no orkut? e síndrome de down?
eu tava pensando nisso hoje, nunca vi profiles albinos ou de down.. se vcs já viram, mostrem pra mim, ok? pq tô afim de criar umas comus..

eeenfim.. vou arrumar a casa, enquanto não começa o filme. tô com tanto frio ;/
tchau, losers!
(i would never wish bad things.. but i dont wiss you well.)

alcoólatras

é, vai em frente, beba. beba até o mundo acabar e todas as maiores certezas se tornarem pavorosas dúvidas. beba. eu vou estar em cada gole da sua cerveja, em cada minuto da sua ressaca.. você sabe que sim. então continua bebendo, pra ver se vc esquece durante uma noite da minha existência. bebe na tua infinita covardia, na infinita ânsia de angariar coragem pra fazer o que já deveria ter feito à muito tempo..então bebe, bebe como se isso fosse estancar teu sangramento, cicatrizar tuas feridas. porque pra mim, as feridas já cicatrizaram, mas a dor está insuportavelmente igual. bebe como escapismo, bebe pra esquecer de quem você é. no outro dia você estará ainda pior, mas pelo menos não pode dizer que não avisei. e bebe, é a única maneira de se fechar, de enxergar com clareza. bebe, que o teu limite só existe por imposição da sua sobriedade.bebe, você nunca é sincero quando está sóbrio. bebe, é a única coisa que funciona com você. bebe, é a combinação perfeita. beber te ajuda a pensar que você é outra pessoa, te leva pra perto de deus.então é só continuar bebendo. no fundo você sabe que nem todas as bebidas do mundo podem te salvar de você mesmo.

desculpem o draminha de quinta categoria, mas vcs já foram apaixonados por um alcoólatra?

mudança de hábito

nossa casa sem você fica sem teto
sem portas, e com paredes no chão
porque você é meu amparo.
a tristeza que a alegria aborta,
logo vira desespero
pois você é a imensidão..
meus dias são torturas,
das quais as horas são chicotes
porque você é o meu tempo..
minha boca fica amarga, pois você é a docura
do meu discurso e sentimento.


não sei de quem é essa poesia.. eu decorei quando era ainda muito pequena.. aí digitei no google e não apareceu nada.. enfim, lembrei dela essa madrugada, acho que combina muito com meus últimos dias.. meses, anos, sei lá.
a vida seria mais fácil se a gente aprendesse com os erros alheios, com a sabedoria popular.. mas a maioria das pessoas não é sábia a esse ponto. eu faço parte dessa massa, dessas pessoas que às vezes nem se fodendo tomam jeito.
essa foi a milionésima noite em que dormi menos de 4 horas. meu raciocínio tá uma coisa irrefreável, minha mente tá hiper ativa, não quer nem pensar em arrefecer e me dar um descanso. eu deito na cama e começo a pensar em milhões de soluções pros meus problemas, milhares de frases de efeito pra usar em discussões que eu própria planejo, e, é claro, saio como vencedora. quer dizer, sou quase esquizofrênica. ou tenho transtorno bipolar. ou sou megalomaníaca. ou, sei lá, sou apenas covarde.
parece que eu tô passando por um mundo muito inferior a tudo isso, cheio de estratagemas, armadilhazinhas, coisas do nível. então eu tento descansar e te vejo pelo corredor passando, como eu já vi tantas vezes nos meus sonhos mais óbvios e desgastados. parece que tô camuflada, invisível porém desprotegida, vulnerável pra caralho a essa sua pose irritantemente superior às vissicitudes, às garotas normais. e você me ama. você me acha incrível, e vem na minha direção, rindo daquele jeito impertinente que você ri quando tem uma piada desgraçada na cabeça. vc faz um cavalo de pau na frente da minha casa, eu entro no carro, você vai me levar pra outro alguém, quando no meio do caminho me dou conta de que é você que eu quero. você que eu sempre quis, durante todos esses anos confusos que a gente passou se degladiando entre esse amor de bicho, esse amor de quem não sabe amar. a gente nunca aprendeu, por isso a gente se machuca toda hora. a gente só não morre porque queremos viver pra ver o que vai acontecer.
e eu sei que você entende, mesmo que não faça idéia de qualquer coisa a meu respeito. a gente é assim.

sobre você, é isso que tenho a dizer. tô pensando em ti com uma constância incrível nos últimos dias, mais ainda do que o normal. e você nunca vai nem fazer idéia disso.
pra terminar esse post ridículo, vou colocar uma música do cara que eu mais amo na vida, pra ver se salvo pelo menos uma parte desses 15 minutos perdidos.

obrigado/por ter se mandado/ter me condenado a tanta liberdade/pelas tardes, nunca foi tão tarde/teus abraços, tuas ameaças/obrigado/por eu ter te amado/com a fidelidade de um bicho amestrado/pelas vezes que eu chorei sem vontade/pra te impressionar, causar piedade/pelos dias de cão,/muito obrigado pela frase feita/por esculhambar meu coração/antiquado e careta/me trair, me dar inspiração/pra eu ganhar dinheiro/obrigado/por ter se mandado/ter me acordado pra realidade/das pessoas que eu já nem lembrava/pareciam todas ter a tua cara/obrigado/por não ter voltado/pra buscar as coisas que se acabaram/e também por não ter dito obrigado/ter levado a ingratidão bem guardada.

essa é pela foto, pelas noites insones e por todas as merdas que eu fiz durante 3 anos e nunca deram em nada.

futilidades de uma desocupada (não diga que não avisei)

ontem eu tava pensando no meu estilo. tentando me definir, sabe?
dizem que quem se define, se limita, mas não era bem assim. sem sabedoria popular, pelo amor de deus, não tô pra senso comum hoje.
então, voltando ao assunto, tava tentando me categorizar. a que tribo eu pertencia e tal.
aí descobri que não sou roqueira. quer dizer, eu gosto de uns u2, van halen, mas nada além;
não sou pop também. gosto de maroon 5 pra caramba, mas acho que é a única banda de pop q eu gosto;
e não sou alternativa. gosto de elefant, franz, the hush sound, no mááximo um mombojó. mas não vai me dar artic monkeys, essas coisas. até de strokes eu já tô meio enjoada. e putz, se não gosta de strokes, definitivamente não é alternativo.
não sou emo, tampouco. não gosto de my chemical romance, nem de nenhuma bandinha modinha dessas (só de fob, mas gosto de fob a mais de 4 anos, portanto, beeeem antes da fama), e nem me faço de drogada erótica no meu álbum do orkut. portanto, emo não sou;
além disso, não gosto de pagode, nem de reggae, nem de forró, nem de trance, nem de nenhuma dessas coisas. PORRA!
aí cheguei à conclusão de que sou velha. é, isso mesmo, sou velha. eu gosto mesmo é de cazuza, engenheiros do hawaii, gonzaguinha, cássia eller, renato russo, raul seixas, djavan. eu sou velha e ufanista. internacional, são poucas. e dessas poucas, a maioria é antiga. me dá um iggy pop, pra vc ver minha cara de felicidade.
sei lá, tô viciada em duas músicas muito fodas. as duas são velhas, mas eu tô num momento muito lenine-gonzaguinha.
a seguir, estão as letras das referidas músicas.

hoje eu quero sair só - lenine
se você quer me seguir, não é seguro/você não quer me trancar/num quarto escuro/às vezes parece até que a gente deu um nó/hoje eu quero sair só/você não vai me acertar/à queima-roupa/vem cá, me deixa fugir/me beija a boca/às vezes parece até que a gente deu um nó/hoje eu quero sair só/não demora eu tô de volta/tchau/vai ver se eu estou lá na esquina/devo estar/tchau/já deu minha hora/e eu não posso ficar/tchau/a lua me chama/eu tenho que ir pra rua/tchau/hoje eu quero sair só.

explode coração - gonzaguinha
chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder/o que não dá mais pra ocultar e eu não quero mais calar/já que o brilho desse olhar foi traidor/e entregou o que você tentou conter/o que você não quis desabafar/chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar/e se perder e se achar e tudo aquilo que é viver/eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim/como se fosse o sol desvirginando a madrugada/quero sentir a dor desta manhã/nascendo, rompendo, tomando, rasgando meu corpo e então eu/chorando, sorrindo, sofrendo, adorando, gritando/feito louca, alucinada e criança/eu quero o meu amor se derramando/não dá mais pra segurar/explode coração.

então tá, é isso. eu não tinha muito oq dizer, mas tava com vontade de escrever. tava aquecendo e tal, pq agora vou começar a finalizar meu projeto.
pra quem tem lido meu blog, obrigada mesmo. tem gente que me deixa scrap dizendo que devo ter uma vida bem interessante. interessantéérrima, imaginem vcs. vivo sob o domínio ditatorial dos meus familiares e minha vida social consiste em passar as madrugadas na internet ou conversando com meus amigos imaginários.
a diferença entre a vida legal e a chata, é o modo como a gente narra.

tchau, leitores! voltem sempre!
um dia vou ser o guilherme zaiden dos blogs! (grande ambição essa :P)

a injustiça do cosmo x incoerência do sistema educacional (parte 2)

eu passo uma semana sem postar e, do nada, posto 2 vezes no mesmo dia. e ainda são 12:12. não conte com menos do que 5 postagens today..

eu disse que hoje tudo ia dar errado, nãão disse? tudo começou no final do meu post anterior, quando eu disse que o pão de queijo tava pronto. pois eh, ele tava. pronto e QUEIMADO. isso mesmo, todo em cinzas..
meu organismo me avisou pra não ir pra aula. posso até interpretar agora os sinais que ele me deu. creio que foi mais ou menos assim 'anyelle, vc não dormiu nada essa noite.. deita mais um pouquinho. liga pro alex e diz q vc nao vao à aula.'
mas nãããããão! eu tive que dar uma de aluna responsável e cumpridora dos meus deveres! dizem que é fácil manipular gente decente. eu não devo ser decente, então, pq nem eu mesma consigo me manipular. bem que meu cerébro tentou me coagir, me arrastar de volta pra cama e me dar sonhos lindos, ao invés da realidade cruel e filha da puta que eu testemunhei hoje.. mas pelo jeito, pau que nasce torto não indireita mesmo.

tá, chegando na aula, tchan tchan tchan tchan: não fiz nada. é, isso mesmo. fiquei sentada numa cadeira lendo agatha christie. processo criativo sobre mescrai e todo mundo fazendo trabalho de desenho técnico. e eu não consegui fazer nenhum dos dois..
sabe pq? pq eu descobri algumas coisas.. coisas bem fodas. putaria mesmo.
é impressionante como a gente consegue ser cega às vezes. cega mesmo, não tô exagerando. eu tenho um amigo, o digo, que sempre me diz que defeitos a gente conserta, mas qualidades não dá pra imputar na pessoa. eu até concordo, mas e quando o defeito se sobrepõe à qualidade?
eu detesto falar sobre a minha vida particular nesses termos, num ângulo meio vítima. detesto vítima e quem é 'wanna be', mas tô me sentindo exatamente assim.
fdc, eu que vivo me vangloriando da minha inteligência, não percebi uma coisa ÓBVIA. óbvia mesmo, patente. e o pior é que já não sei mais o que pensar..
eu queria dormir por um bom tempo e acordar com uma solução. mas não dá pra dormir. tenho dois trabalhos só pra essa semana, sem contar com os trabalhos de conclusão de semestre e disciplina. e ainda tenho que ir no mercado. e a minha tesoura, que eu ia usar em ambos trabalhos, sumiu. exemplo típico de maldade inata do ser inanimado aliado à falta de sorte.
hoje tô me sentindo a última das mortais.
por isso, agora vou almoçar. tenha certeza que a comida estará queimada ou sem gosto. e depois, no mercado, as mangas estarão podres e as pizzas de caixa vão estar fora do prazo de validade. hoje é conspiração.
salve-se quem puder! de megalomaníaca, tô passando à esquizofrênica.

tchau, pessoas. me desejem sorte (ledo engano).

a injustiça do cosmo x incoerência do sistema educacional

hoje tive uma insônia daqueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeelas.. daquelas fodas mesmo, que a gente acorda de meia em meia hora torcendo pra que já seja realmente hora de acordar. e nunca é. e o resultado disso sou eu aqui, faltando ainda dez minutos pras sete horas, falando besteiras num 'blog-informativo' (créditos do lucas), sendo que eu poderia tranquilamente acordar às 07:30. resumindo, coisas que só acontecem comigo.
quer dizer, só pode ser castigo, mas castigo pq? eu sou uma menina boa, HELLO!
ontem eu nem fiquei na internet! quer dizer, fiquei um pouco.. na verdade, eu fiquei a tarde toda.. mas não foi na internet em si, e sim terminando meu projeto, que, aliás, ficou tão legal :D
pôô, eu trabalhei nessa merda umas duas semanas da minha vida, aí quando finalmente termino, a noite de comemoração é regada à muita insônia e mau humor!
agora me diz, quem merece isso? eu que não sou, cara, e não é auto-indulgência, é fato! eu me esforcei pra caramba.. e agora tô aqui, essa hora, morrendo de dor na coluna pq dormi mal. sendo que ainda tenho que aturar duas aulas de processo criativo (putz, esqueci da blusa do mescrai!) e depois duas de metodologia, porra, eu mereço?? vai, me diz, eu mereço??
não, eu não mereço. e sem essa de 'the beauty of grace is that it makes life not fair', ok? quando disse aquilo, não tava na plenitude das minhas faculdades mentais.
Mas, pelo menos, hoje não vai chover (acabei de olhar no clima tempo as efemérides). odeio quando chove e eu tenho que ir no mercado. a pé, ainda por cima! é foda, cara, é foda. eu estou sucumbindo ao sistema! daqui a pouco, simplesmente desisto de lutar.. e morro. baixinha, menor de idade, afogada à caminho do mercado. esse é o destino pra gente como eu.
ai vc vem e me diz que eu sou exagerada. sabe oq eu digo? vai tomar no cu. isso mesmo, toma no cu. eu venho tentando não falar palavrão e tal, mas hoje é praticamente impossível não xingar o mundo inteiro apenas por existir.
E AMANHÃ AINDA TEM A PORRA DA PROVA DO IRINEU, e eu preciso tirar 6,5 pra passar! 6,5!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
enfatizei o suficiente, né?
principalmente pq nessa porra de universidade, não tem como fazer prova final nem nada. ou vc passa, ou vc não passa. e se desenho técnico for pré-requisito pra outras matérias e eu não passar, simplesmente vou me atrasar um monte, entendeu????
ahhh, 7 hrs! meu pão de queijo tá pronto.
então tchau, miguxenhos! (hahsihaioshaioshasa)
vou tomar café e me arrumar. e repitam comigo: NÃO SUCUMBAM AO SISTEMA!
(pensaram que eu ia dizer: NÃO SE TOUQUEM! né?)
ahsoihaoishaioshoaihsioahsiohjisohaioshaoa

tchau, pessoas.

obivamente..

hoje tive certeza da minha tendência pro óbvio. é uma coisa quase sobre-humana, que me persegue, me puxa pra baixo, me afoga em teorias dispersas.

eu tenho uma inclinação maníaca pro óbvio. consta em tudo o que já fiz, cada vez mais me convenço. traço planos, inverto os traços, mas tudo acaba exatamente como o idealizado. óbvio demais. as mesmas mentiras contadas com palavras diferentes, pra mudar completamente o contexto e convencer totalmente.

eu sou bem óbvia. por fora tem toda aquela pose pseudo-autêntica, como se eu fosse o diferencial do banalismo. porém, sou mais óbvia que o óbvio. chega a ser ridículo testar as pessoas e ver como o simples se transforma em mito, ao mudarmos os conectivos.

caramba, eu preciso de um chão, só isso. alguma coisa da qual eu possa me orgulhar.. eu sou tão manipuladora que até duvidar se torna uma teia de desculpas pra impotência. eu queria uma chuva de nada, pra ficar mais esperta, acordar na hora certa, escolher o caminho correto. auto-crítica, sei lá. o óbvio não tem sentido, por mais na cara que esteja.

tchau, tô indo fazer algo óbvio.

o ódio cego mal explicado, mal desabafado, mal contido.

se o bom de viver é estar vivo, ninguém merece ser obrigado e coagido desse jeito.

hoje foi a última vez.. e nem fingindo que tô sendo paga, nem nada. nada mais importa.

não quero mais pra mim, não quero. amizade eh uma coisa, mas abuso.. eu tô tão chateada.

no que isso edifica, glorifica, acrescenta? não quero mais pra mim.

última vez.. tô escrevendo, assinando. e retiro oq eu disse sobre a raiva propiciar bons textos: tudo bobagem! eu tô com ódio e não consigo escrever nada.

só cazuza mesmo pra aliviar (a música não tem nada a ver com o momento, mas tudo bem..)

tudo bem, você se mandou

não agüentou o peso da barra

que é escolher viver de verdade

se arregou, parou na metade

agora vai, vai correndo pra casa

papai e mamãe tão na sala

te esperando, tão jantando

é, planejando um futuro normal, que mal!

princesinha dos cachos de mel

vai enfim calçar seu sapato

esquecido num baile...

ih, vai rasgar os meus retratos

e chorar sozinha no quarto

se lembrando, duvidando

planejando um futuro normal, que mal!

oooow vidinha mais ou menos.. dois dias sem aula, e ainda restam mais dois pela frente. tô me sentindo tão cansada!

meu deeeus, esses últimos dias têm sido legais, por isso que não tô conseguindo escrever direito. a tristeza inspira bem mais do que a alegria. não dá pra redigir textos legais sobre amor correspondido, vitórias, realizações de sonhos.. mas sobre chifre, ódio, falta de reciprocidade, dá pra escrever obras primas.

olha o cazuza, por exemplo. mesmo a alegria é explicada daquela forma meio irônica, meio desesperada, só pra não perder a qualidade.

não querendo me igualar a ele, pq ngm nunca vai se igualar (nem o brian molko!), mas eu sou meio assim também. a felicidade me deixa meio ignorante, meio alheia. ficar arrasada me deixa mais sóbria, mais calculista, passional porém presente.

atualmente, tô viciada numa música do cazuza (só pra variar um pouco), que se chama 'flecha cega'. gostei logo de cara.. parece uma continuação de 'blues do iniciante', tem até umas frases idênticas. confere:

...e ter ainda uma porrada de saques

e jogadas brilhantes: te ganho pela insistência

com todas as bandeiras e saltos mortais, demências

todos os modos de ter por enquanto

de te flechar feito flecha cega:eu miro o índio que sou no teu ser

e alcança apenas pequenas viagens sóbrias

sem carnaval nem samba, é óbvio

óbvio que somos parecidos

nessa mania de se descartar rápido de tudo

quando me encargo de sintonizar a vida

e desligo rádios, carros e aviso:se prepare porque hoje estou meio impreciso, longe

e me doem entranhas, braço e cabeça.

é pra pirar, né?

ele tava feliz, mas mesmo assim, escandalizou, sofreu, se humilhou.

acho que essa é a coisa em comum: a gente nunca tá 100% bem. o digo me disse que nunca tô na felicidade plena porque sou perfeccionista, exijo da pessoa até o limite, e isso frustra ambos. não descarto essa hipótese, eu sempre compliquei mesmo.

mas agora eu me sinto bem como nunca deveria me sentir (i feel good, i feel like i never should..).. e mais uma vez, sem fazer sentido nenhum.

apesar da madrugada cansativa contando história, da tarde chata de quarta-feira, da falta do que fazer de ontem, eu tô bem. HAHA :P

eu sei que daqui a 1 dia no máximo já vou estar mal de novo, vou estar pensando em suicídio na cerca elétrica, mas sabe, ao invés de me estressar tanto, eu poderia apenas aceitar.

the beauty of grace is that it makes life not fair. e eu concordo.

era uma vez o amor

aí eu fui lah e matei ele. fim.

¬¬

séério, as coisas têm estado estranhas. faz dois ou três dias que não durmo, que tenho um e apenas um pensamento, fixo, insubstituível mesmo (a palavra não é bem essa, mas não tem melhor).

e eu fico pensando em almofadas, chocolate quente, passo 12 horas no mesmo vício, perdendo tempo, sono, vontade de ser quem eu sou.

não dá pra explicar, eu nunca fui assim, nunca tentei entender, só fiz e pá. mas de uns tempos pra cá, não consigo mais me contentar com a mediocridade de tudo, eu fico procurando razões, me afogando nas mesmas dúvidas, sufocando, sufocando..

não, eu não sou emo. eu só tô um pouco cansada de aceitar tudo. meeeeu, passividade não tá com nada pra quem quer ter sucesso. (caramba, veio o mesmo pensamento agora. se eu não enlouqueço hoje, não enlouqueço nunca mais.)

e é tanta coisa pra fazer.. trabalhos e trabalhos de faculdade. as pessoas esperando muito de mim. e eu não posso dar nem metade, por causa que simplesmente não consigo me concentrar.

tô me sentindo com 14 anos, naquela época que a gente gosta e sofre pela primeira vez. tudo dá um frio na barriga, tudo comove, alegra. não tô sofrendo, mas aaaaaaaah. deixa.

quem lê pensa que tô na fossa. e eh justamente o contrário. eu tô é muito feliz. só não grito muito alto pq a inveja tem sono leve.

tô passando dias ótimos (tipo o sábado, que foi uma felicidade só desde a hora que comecei a me arrumar - e falei no msn =x - até a hora que voltei pra casa e depois do susto, mais uma madruga no msn =x) e dias melhores ainda estão por vir.

então, sabe, é só ligar cazuza no volume máximo, abrir minha caixa de lápis de cor e ser feliz.

pq, como dizia o cazuza: o que nos salva é a futilidade.

11 horas

tô adorando esse negócio de blog. eh uma coisa tããõ meus 12 anos, sabe.

hoje eu tô um saco, mais do que o normal. meu cartão não virou :~caraaaaalho, isso estraga o dia de qualquer criatura amante de uma maxibolsa verde com detalhes em bronze. DROOOOOOOOGA.

vontaaaaade de dançar até o amanhecerr.. ela está suada, pronta pra se derreteeeeeeer.

cara, chamem um analista. eu tô com raiva de novo. qual é o meu problema, afinal?

acho que é a soja. eu me irrito muito com esse negócio de soja. quer dizer, hoje em dia tudo é soja, à base de soja.

pra mim, tem treta na parada ¬¬ ahoioahsoiahosihaa d:

séério, vai ver que houve uma superprodução de soja em escala mundial, aí os caras fizeram mais ou menos aquilo que o império fez quando houve a superprodução do café: compraram tudo. só que ao invés de eles queimarem, como o império fez, eles inventaram uma baboseira de que a soja faz bem pra saúde e aqui estamos nós. até o meu suco de caixinha tem soja! o meu leite, o meu biscoito :~

e eu nao acho mais nada sem soja, parece que a soja vai dominar o mundo!

até carne existe de soja! e olha, na minha concepção, carne implica em animal morto. como pode existir, então, carne de soja? o mundo tá perdido.será que a soja eh um alienígena que usa seus superpoderes intergaláticos pra manipular a cabeça dos nossos chefes de estado e dominar o mundo? será que a soja é um alucinógeno que deixa todo mundo sedento de mais soja, fazendo assim um ciclo vicioso? ou será que o lula tá dando uma de esperto de novo e lucrando milhõõões soh pra compensar a porra da baixa estima decorrente da falta de dedo?

foda-se, tô nem ligando. entrei em protesto contra a soja.

vou me encher de big mac com coca-cola hoje de tardeee, comida que faz maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal mesmo, e tô pouco me fodendo.

aliás, obrigada pelas 11 horas. eu sei que isso não vai ser lido, mas obrigada mesmo assim. e eu não esqueci do monossílabo.

acabei de ver na televisão a propaganda da nova novela das 19hrs.. 7 pecados e tal.
a cláudia raia disse que cada ser humano é movido por um dos pecados.. aí, na minha infinita falta do que fazer, fiquei pensando em qual seria o meu pecado capital.
o meu maior pecado, com certeza, é a impaciência, mas ela não configura em pecado capital mesmo, e nem o egoísmo, meu segundo maior defeito. então, meu pecado capital deve ser a ira.
eu tenho ódio de tudo, até das coisas mais ínfimas, sabe. qualquer coisa me dá raiva, qualquer coisa me tira do estado normal da calma e me transporta pro ódio insano, pra vontade de matar.
eu devo ser meio maníaca mesmo. pra escrever no primeiro post uma lista de defeitos, só posso ser doente. whatever.

eu queria mesmo era ser uma artista na mais completa acepção da palavra, sabe.
desenhar, escrever, cantar, dançar e atuar. mas parece que quando tô ficando realmente boa em uma dessas coisas, começo a me ferrar em outra.
quer dizer, em tudo, menos em atuação. o alexandre disse que esse eh meu maior dom, que eh pra largar moda e investir nisso. mas atuar é simples demais.. tá no sangue, no caráter, sei lá. atuação tem relação com mentira, e isso é algo que faço bem. foi tanto tempo de teatro, tanto tempo me divertindo confundindo as pessoas, isso já nem é talento, é estilo de vida.
eu nao sei quem eu sou. talvez seja muito má ou apenas levemente transviada. eu minto, minto muito e sem necessidade. eu minto só por prazer, só pra impressionar, só pra acreditar que minha vida tem graça. talvez eu minta pra me testar, pelo perigo que isso acarreta, pela adrenalina de sustentar a farsa. eu minto pra esquecer, pra passar o tempo. minto porque sou pequena demais pra admitir, e grande o suficiente pra morrer sem lutar. eu minto pra viver (e vivo pra mentir).


que exagero. tô num daqueles dias em que detesto ser eu.
cansei.